5 coisas sobre meus empregos

Trabalhar pra mim sempre foi algo muito importante. Tanto que eu comecei a trabalhar aos 15 anos, sem a menor necessidade, só porque eu tava afim. De lá pra cá fui trabalhando, com alguns intervalos para estudar ou porque eu realmente não encontrava emprego. Até hoje. Já fiz de tudo um pouco, como vocês podem ver:

1 - Vendedora e caixa de loja de roupas. Bem, eu comecei MESMO numa loja de roupas muito cafona num Bazar Ação Criança. Eu e uma outra menina da minha idade fazíamos tudo na loja. Era a gente que abria e fechava, que fazia o controle do caixa, que vendia, que cuidava do estoque... uma loucura. Quando acabou o bazar, que foi em outubro, soube que a Richards estava procurando gente pra trabalhar no Natal. Lá fui eu ser caixa da Richards, ver quantidades inimagináveis de dinheiro serem gastas em roupas masculinas por madames dos Jardins (quando eu trabalhava na unidade da Al. Franca - que depois mudou pra Oscar Freire) e depois por madames de São Paulo inteira (quando fui transferida pra unidade do Shopping Iguatemi). Bem, foi aí que eu decidi que nunca mais queria trabalhar em lojas na minha vida.

2 - Agente de Serviço Social. A Secretaria de Assistência Social do Estado, ou do Município, nem lembro, precisava fazer uma espécie de "censo" das instituições vinculadas a ela, pra reajustar os valores dos repasses que erma feitos ou algo assim. Me juntei a um monte de estudantes de Ciências Sociais (como se fosse necessário ser sociólogo pra aplicar uma pesquisa, tabular dados e tal) pra subir favela e ir aos bairros mais pobres da capital em busca dessas instituiçoes.
Foi quando eu peguei rubéola em Heliópolis.
Mas foi legal mesmo assim.

3 - Revisora de Livros Didáticos. Playbas do meu Brasil, sabiam que o governo federal distribui livros didáticos para os alunos de escolas públicas? É o chamado PNLD. As editoras de todo o Brasil disputam a tapa a oportunidade de terem seus livros inclusos nesse programa, porque aí elas conseguem vender um volume IMENSO de livros, ganham um volume IMENSO de grana e tal. Só que pra terem seus livros inclusos nesse programa, elas tem de passar por uma série de testes, os livros tem de estar dentro de uma série de especificações. Era aí que eu e uma equipe grandona entrávamos. Sabe aqueles testes do Fantástico, pra ver se o brinquedo é seguro para as crianças ou se a camisinha é resistente mesmo? Era tipo isso. A gente via amostras dos livros pra ver se tava tudo em ordem, se o papel tinha a gramatura adequada, se a impressão era de qualidade...
Não parece, mas era superinteressante.

4 - Estagiária de Assessoria de Imprensa. Hahahahaha. Ah gente. Por favor. Alguém já fez algum estágio que fosse um estágio DE FATO? Ou seja, que o estagiário estivesse lá pra aprender, sob a orientação de um profissional da área e tal? Pois. Apesar da carga horária levinha, de 4 horas por dia, meus estágios como assessora de imprensa foram mera fachada pra eu trabalhar como profissional, apesar de não ter terminado a faculdade. Mas valeu, porque eu fui obrigada a aprender um monte de coisas mesmo. O que me levou a...

5 - Coordenadora de Comunicação. Pomposo, né? Mas imagina eu, 22 anos, recém saída da faculdade, ter que encarar essa bucha. Não gostei não. Assim, o lugar onde eu trabalhei era o máximo, "meus funcionários" incríveis, nossas tarefas eram divertidas, mas esse lance de coordenar pessoas não era pra mim. Eu tava no momento de ser assistente, não coordenadora. Mas beleza. Foi meu emprego mais legal até agora, apesar dos pesares.


E segunda começa mais uma fase. Tudo novinho em folha! Tipo uma página em branco pra eu desenhar, rabiscar e escrever. E ter mais histórias pra contar. Ano que vem eu faço 10 anos de vida profissional. É bastante pra uma menina classe média de 20 poucos anos, né? Mas que venha mais trabalho, porque eu adoro!